O Malandro está na praça outra vez

Ópera do Malandro | Ator Criador

O Malandro está na praça outra vez, e agora é no Theatro Net São Paulo.

Estreia sexta-feira 13, sob a direção de João Falcão, a nova montagem do musical Ópera do Malandro, texto de Chico Buarque que teve a estreia original em 1978.

Quem tiver a oportunidade de assistir, verá diversos atores que dão vida, em sua maioria, a dois personagens. É impressionante a agilidade com que trocam de figurino e a facilidade como mudam completamente de personalidade.

O cantor Moyseis Marques faz Max Overseas. Além, o grupo de atores que se formou em “Gonzagão – A Lenda” se reencontra em cena para dar continuidade à pesquisa sobre musicais brasileiros e à parceria com João Falcão.

Larissa Luz, a única atriz do elenco, dá vida a João Alegre, uma espécie de narrador, comentarista da trama e “autor” da peça.

Inspirado em A Ópera do Mendigo (1728), de John Gay, e em A Ópera dos Três Vinténs (1928), de Bertolt Brecht e Kurt Weill, a Ópera do Malandro conta a história do contrabandista Max Overseas (ou Sebastião Pinto), que casa em segredo com Teresinha, filha de Duran, poderoso dono de bordéis e cabarés da Lapa, no Rio de Janeiro, nos anos 1940.

Algumas canções emblemáticas de Chico Buarque – e de toda uma geração – permeiam o musical e envolvem o público. João Falcão procurou trazer músicas do espetáculo original, do álbum Malandro, de Chico Buarque, e do filme homônimo, dirigido por Ruy Guerra em 1985.

“É incrível perceber a qualidade da produção de um compositor para um mesmo projeto, é um momento consagrador para o Chico. As canções da Ópera ganharam fôlego fora do teatro, se tornaram tão conhecidas que muitos nem sabem que foram feitas para o palco”, afirma João Falcão.

A concepção de João Falcão para o musical ganha originalidade também ao contar com homens para todos os personagens femininos. “Colocar atores para interpretar mulheres vem ao encontro de uma tradição teatral secular e também a uma antiga pesquisa minha”, explica o diretor – responsável pela inversão de gêneros em outros trabalhos, como a série Sexo Frágil (TV Globo) e peças como Mamãe Não Pode Saber e Gonzagão – A Lenda.

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Ficha técnica

Adaptação e direção: João Falcão | Direção musical: Beto Lemos | Direção de produção e idealização: Andréa Alves
Elenco: Adrén Alves, Alfredo Del Penho, Bruce de Araújo, Davi Guilhermme, Eduardo Landim, Eduardo Rios, Fábio Enriquez, Guilherme Borges, Larissa Luz,Rafael Cavalcanti, Renato Luciano, Ricca Barros e Thomás Aquino | Apresentando: Moyses Marques | Cenografia: Aurora dos Campos | Figurinos: Kika Lopes | Iluminação: Cesar de Ramires | Coreografia: Rodrigo Marques | Projeto de som: Fernando Fortes | Visagismo: Uirandê de Holanda | Assistente de direção: Clayton Marques
Preparação vocal: Maria Teresa Madeira | Programação visual: Gabriela Rocha | Músicos: Beto Lemos (violão, rabeca, bandolim, viola e guitarra); Daniel Silva (violoncelo e baixo elétrico); Rick de La Torre (bateria e percussão); Roberto Kauffmann (teclado e acordeon); Frederico Cavaliere (clarineta); e Dudu Oliveira (flauta, sax e bandolim).

Núcleo de Divulgação AC

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