A Companhia do Ator Careca foi formada em 2002 pela diretora Mônica Granndo, o dramaturgo e ator Alberto Guiraldelli e mais um grupo de jovens atores e criadores das áreas de música, cenografia e artes gráficas que compõe o núcleo estável de criação da companhia. O espetáculo Rosencrantz e Guildenstern Estão Mortos (2003/2004), de Tom Stoppard, foi realizado através de recursos captados pela Lei Rouanet de apoio à Cultura, e esteve em cartaz entre Junho de 2003 e Abril de 2004 no espaço cultural Studio das Artes e no Teatro Ruth Escobar em São Paulo, além de apresentações em na cidade de Sorocaba. O Beijo (2005), de Alberto Guiraldelli, foi a segunda montagem da Companhia realizada, então, com recursos próprios. Trata-se de um espetáculo de exploração dos recursos do teatro épico para contar a história dos costumes sociais e morais que transformaram o significado do beijo ao longo da existência do homem. Investigando personagens desde a origem da humanidade até os tempos atuais, a historia do beijo é contada em toda sua inocência e crueldade. FRACASSO teve duas temporadas no Teatro Augusta – Sala Experimental entre agosto de 2006 e março de 2007. Em 2008 a Companhia foi selecionada pelo 12º Cultura Inglesa Festival para montar o drama Algumas Vozes, do dramaturgo inglês Joe Penhall, e em seguida teve duas temporadas no Teatro Cultura Inglesa – Pinheiros (2008) e no Centro Cultural São Paulo – Sala Paulo Emílio Salles Gomes (2009).
O texto mergulha na dor e na angústia das incertezas da vida. Joe Penhall parte de personagens bem delineados e de relações humanas conturbadas para explorar a vida das grandes metrópoles. O espetáculo tem como proposta de encenação a composição de cenas partindo das imagens e das vozes que proliferam na mente do jovem esquizofrênico Ray. ESSA MOÇA (Ligando para Tom Waits, ainda acordado, em Istambul) estreou no Teatro Augusta – Sala Experimental em Outubro de 2010 e teve nova temporada em 2012. Representa bem a mobilidade que a Companhia busca ao reconfigurar as funções dos integrantes do grupo. Aqui, Mônica Granndo deixa a direção a cargo de Einat Falbel e protagoniza essa fábula contemporânea que desconstrói a realidade urbana através proposições surreais e ironia. É uma aventura da imaginação em um monólogo para dois atores e uma dúzia de personagens no qual Essa Moça passa 24 horas em uma cabine telefônica para encontrar a si mesma. Afinal essa cabine, e o infinito metro² ao redor dela, é o País das Maravilhas dessa Alice do século 21.Ainda no primeiro semestre de 2012, a Companhia do Ator Careca estreia o espetáculo Uma Questão de Tempo, processo colaborativo com dramaturgia de Alberto Guiraldelli e direção de Mônica Granndo. A peça retoma o procedimento de exploração de um tema em cenas curtas. Falando sobre a ação do tempo sobre nossos corpos e a obsessão quanto à juventude, um traiçoeiro uso produtivo do tempo e das exigências que nos impomos em nome dele. No segundo semestre de 2012 estreou a nova aventura inglesa da Companhia. Parlour Song – Tudo está Desaparecendo, de Jez Butterworth é a nossa segunda produção com direção de Einat Falbel.
Nessa comédia, de gosto amargo, Ned é um especialista em demolições que passa o dia revendo os vídeos de suas melhores implosões. Atormentado por um pesadelo horrível, ele acredita que seus objetos pessoais estão desaparecendo. Joy, a esposa de Ned, observa o seu progressivo desmoronamento com um olhar de cruel ironia. Em 2013 a Companhi mergulho novamente no universo da dramaturgia inglesa e montou o texto Senti um vazio de Lucy Kirkwood, Na peça, a personagem principal é Dijana, interpretada por Marcela Grandolpho, uma jovem traficada do Leste Europeu para a Inglaterra, que, para suportar sua rotina de prostituição forçada, ela cria um modo de vida ilusório, no qual ela mesma tenta acreditar, cheio de esperanças, alegrias, expectativas e loucura. A montagem da Companhia do Ator Careca extrapola as dimensões realistas e sociais do tema do tráfico de seres humanos e da prostituição em busca de uma abordagem mais criativa e contundente sobre a dor enlouquecedora de perdas irreparáveis.
Desde o princípio o público é convidado a entrar na cabeça de alguém devastado por uma imensa dor. Mas a protagonista, Dijana, é também ferozmente agarrada à beleza da vida, ainda que essa “beleza” seja o retrato vendido por uma propaganda de televisão. O choque entre a crueza de sua condição, como apresentada para a plateia, e a forma luminosa e sonhadora como Dijana descreve a si mesma e seu dia a dia, conduz a encenação em um jogo de luz e sombra, fato e invenção.
Fundadores: Alberto Guiraldelli e Mônica Granndo
Data de Fundação: 2003
Site: www.ciaatorcareca.com
E-mail: ciaatorcareca@gmail.com
Facebook: https://www.facebook.com/groups/ciaatorcareca/?fref=ts
Situação: Ativa
Última atualização: Setembro de 2014