Curta temporada sobre Cacilda Becker

Odisseia Cacildas | Ator Criador

Dezembro é um mês especial para o Teatro Oficina. A “ODISSEIA das CACILDAS!!!!!!!!!”, produzida por José Celso Martinez Corrêa, ou Zé Celso, e Marcelo Drummond, em 1990, deu base para cinco montagens em uma temporada de dois anos sobre o tema. Em dezembro, a partir do dia 12, ocorre uma curta temporada das cinco mais recentes produções sobre a vida e obra de Cacilda Becker e Walmor Chagas.

“Essa é a conclusão (momentânea) de um processo rico”, conta o ator e assessor de imprensa do Teatro Oficina, Beto Mettig. Com mais de 900 páginas, a dramaturgia da “ODISSEIA das CACILDAS!!!!!!!!!” conta a história da atriz brasileira, Cacilda Becker que é a própria história do Teatro Moderno Brasileiro. Segundo o Oficina, ela foi a responsável pela criação de uma classe artística profissional e atuou sempre nos palcos – e fora deles – pela soberania da arte teatral. Sua importância é universal e teve uma interpretação inédita e minimalista no Teatro Brasileiro da Comédia. Foi baseado, portanto, nessas grandes atribuições a atriz que foi feita sua Odisseia.

 

Foto divulgação do espetáculo "Odisseia Cacildas"

“Walmor y Cacilda 64 – Robogolpe”, “Walmor y Cacilda 68 – Aqui Agora”, “Cacilda!!! – Glória no TBC”, “Cacilda!!!! – Fábrica de Cinema & Teatro” e “Cacilda!!!!! – A Rainha Decapitada”, essas serão as cinco montagens apresentadas nessa curta temporada. A biografia de Cacilda Becker e Walmor Chagas, as histórias e outros personagens das peças, levam o público a uma viagem para a fase esplendorosa do Teatro nacional, os anos 1940, 1950 e 1960. Os cinco musicais revelam a própria história do Teatro Moderno Brasileiro.

 

Preparação

Nos palcos, Cacilda é vivida por Camila Mota, Marcelo Drummond, Nash Laila e Sylvia Prado. Com muitos sentimentos e vivacidade Sylvia conta para o Ator Criador como é ser Cacilda Becker. “Vivê-la é viajar na imensa humanidade de uma entidade bem escrita. Cada dia eu sinto uma coisa”, reflete.

Assim como Mettig, a atriz afirma que essa é apenas uma conclusão momentânea desse processo que não tem fim. “Essa é uma pausa. O descanso da guerreira para um novo fôlego, nova empreitada. O Teatro Oficina sai do tema, mas não sairá de Cacilda, pois ela é o próprio teatro”, afirma Sylvia.

Logo que Zé Celso fez a divisão dos atores e das respectivas peças, todos mergulharam nos textos originais para captar a essência de cada personagem e poder encená-los nos palcos. Segundo a atriz, a criação se dá pela conexão e junção da encenação, do jogo ao vivo com atores, técnicos, maquiadores e outros artistas do Teatro Oficina, com a presença fundamental da plateia. “Assim se deu e se dá a criação. Cotidianamente, ininterruptamente. O ator nunca para de criar. Eu ainda estou criando Cacilda Becker”, comenta.

Sylvia diz que passar pelos capítulos dessa Odisseia sequencialmente, instiga-a. “Não sei o que esperar. O que será? Vamos atuar pra saber”, conclui. Com o preço popular dos ingressos, uma das coisas que o Teatro Oficina espera para essa curta temporada de dezembro é público.

 

Informações

Quando: 12 a 23 de dezembro

Quanto: R$2,00 (isso mesmo, dois reais)

Onde: Teatro Oficina – Rua Jaceguai, 520

Para mais informações técnicas acesse o site do Teatro Oficina.

Marina Bianchi
Marina Bianchi é jornalista / estudante da ESPM / atriz de coração. Faz teatro há 10 anos e é curiosa pela cultura da cidade.

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